Endereços para
impressionar sua (seu)
pretendente
Confira uma lista de sete estabelecimentos de
tirar o fôlego, na medida para ir a dois!
Baretto: em que outro bar da cidade se pode ser atendido por garçons alinhados em impecáveis smokings? Assim é o elegantíssimo e discreto Baretto, aninhado no térreo do Hotel Fasano. Tudo lá dentro parece idealizado para que o cliente tenha uma noite cinco-estrelas. Entre os detalhes que compõem sua atmosfera estão paredes forradas de veludo cotelê, piso de peroba rústica e sofás franceses de couro verde. A iluminação calculadamente rarefeita confere ares românticos ao ambiente, com apenas 64 lugares. Diariamente, dois conjuntos embalam a noite: o trio de Moacir Zwarg (das 9 da noite à 1 da madrugada) e o quarteto do também excelente pianista Mário Edison (até as 3). Eles acompanham a voz das cantoras Lorena Lobato, Anna Setton, Grazielle Carvalho e Giana Viscardi em standards do jazz, da MPB e da canção americana. Titular do balcão, o barman Walter “Bolinha” executa com primor o nova-iorquino cosmopolitan e o clássico dry martini.
Brasserie des Arts: recém-inaugurado na Rua Padre João Manuel, no quarteirão junto à Estados Unidos, o Brasserie des Arts é filial de uma agitada casade Saint-Tropez, na Riviera Francesa. O time de sete sócios inclui os empresários Rico Mansur e Luigi Cardoso Alves, do concorrido restaurante Brown Sugar, a uma quadra dali. Estiloso e todo à meia-luz, o endereço tem perfil versátil. Pode-se tanto jantar ao som de house e deep house como curtir o clima de bar da varanda e do lounge (nos fundos), com sofás de veludo e pufes. As novidades etílicas são animadoras, em especial para os fãs de coquetéis: o competente Marcelo Serrano assina e executa a carta de quarenta receitas, dezoito delas autorais. Sabiamente, o barman levou para lá alguns sucessos da época do MyNY Bar, estabelecimento do qual se desligou em abril (2012). É o caso do delicado lafayette,servido numa xícara de chá e composto de gim Hendrick’s, xarope de chá de camomila, licor de ervas e água de flor de laranjeira. A cozinha, comandada pelo chef francês Xavier Torrentes, elabora boas sugestões, entre elas o ceviche de peixe branco e camarão, o minicachorro-quentecom brie e o risoto trufado ao queijo mascarpone.
Dry Bar & Club: depois de seis meses fechado, o pequenino e estiloso endereço reabriu no fim de 2011 com clima de lounge e som de DJ (rock, indie e electro). Agora, não há mais mesas nem cadeiras, e sim sofás e pufes. Ganhou até uma pista de dança, sem dia certo para funcionar. A execução dos drinques segue a cargo do experiente Rocha, que comandou o balcão do saudoso Supremo. Ele manda bem no clássico dry martini, que pode ser provado também numa versão baby, em taça de 50 mililitros. Outra pedida, o refrescante spritz é preparado com aperitivo italiano Aperol, espumante e água tônica num copo alto com gelo.
Emiliano: de atmosfera serena, situa-se entre o lobby e o restaurante do elegante hotel da Rua Oscar Freire. A iluminação calculadamente baixa e as velas nas mesas deixam o clima propício para a sedução. Contribuem ainda para os namoricos as acomodações em confortáveis sofás de veludo cotelê, poltronas e estilosas cadeiras feitas com cordas douradas pelos designers irmãos Campana. Embora com preços acima da média, os drinques se destacam na completa carta de bebidas. De paladar suave, com pouca presença de álcool, o amazon martini combina gim inglês, polpa de açaí e refrigerante de guaraná.
Número: criado por uma turma de bacanas que inclui os empresários Marcos Campos e Marcos Maria e a promoter Fernanda Barbosa, firmou-se como um QG exclusivista da high society paulistana. Para garantir a entrada, é necessário fazer reserva e pagar altos valores de consumação mínima. Assinada pelo arquiteto Isay Weinfeld, a ambientação esbanja elegância. Combina espelhos, paredes de veludo cotelê e sofás de couro marrom, alinhados num salão de 61 metros de extensão e com vista para um jardim de inverno. Destaca-se também a animada trilha tocada via MP3, na qual pode aparecer Rolling Stones, Lana Del Rey, Talking Heads, David Guetta e até Seu Jorge. O forte do cardápio são os coquetéis, elaborados com maestria pelo mestre Derivan Ferreira de Souza. Apesar do nome, o hendrick’s violet martini é servido no copo bola (baixo), com uma esfera maciça de gelo dentro. Sua composição traz gim inglês Hendrick’s, xarope de violeta, açúcar de baunilha e espumante brut. Ainda melhor, com paladar cheio de nuances, o remy horse’s neck combina conhaque Rémy Martin, angostura, xarope de gengibre, club soda, cereja e uma aspiral de casca de limão-siciliano. No piso inferior, há uma pistinha de dança que funciona às sextas-feiras.
SubAstor: sem ligação com a rua, é um autêntico speakeasy — como eram chamados os bares clandestinos da época da Lei Seca americana. Para descobrir o ambiente de atmosfera cool, animado por faixas de rock, soul e jazz, é preciso atravessar o salão do Astor e descer três lances de escada. Acomode-se no balcão de doze lugares ou nas poltronas de couro e delicie-se com a carta de coquetéis, uma das melhores da cidade. Renovada em agosto de 2012, ganhou 23 novas receitas. Num dos destaques, o beet by bit vem numa taça de vinho enrolada em papel-manteiga. Refrescante, combina o aperitivo italiano Aperol com um inusitado xarope natural de beterraba mais sucos de limão-siciliano e grapefruit e espumante. Quem aprecia bebidas com um toque apimentado não pode perder o sub bramble. Preparado numa taça retrô, leva gim inglês, xarope de gengibre, licor francês de amora e suco de limão-siciliano. O que confere a ardência são gotas de bitter da forte pimenta habanero. Mais sossegada no início da semana, quando predominam os casais, a casa costuma pegar fogo de quinta a sábado, dias em que suas misturas etílicas turbinam a paquera.
The View: ímã de casais em busca de romantismo, ocupa a cobertura do flat Transamérica International Plaza — a um quarteirão da Avenida Paulista. Um elevador privativo conduz até o sóbrio salão de paredes envidraçadas, de onde é possível admirar uma bela vista panorâmica da cidade. Para fazer tim-tim, há drinques clássicos, como o kir royal (espumante e licor de cassis), e seis sugestões de vinho em taça (o chileno Santa Alvara Cabernet Sauvignon 2010). Quem vai jantar encontra bons pratos, a exemplo do lombo de cordeiro ao molho de alecrim acompanhado de purê de mandioquinha. Diariamente, músicos ao piano e ao violão embalam os namoricos com MPB, bossa nova e standards da canção americana.