quinta-feira, 4 de outubro de 2012



Pense em um lugar planejado para viver uma experiência única: comida extremamente saborosa, pessoas bonitas, música bacana, arquitetura que lembra os lofts nova-iorquinos e atendimento impecável. Pense que além de tudo isto, esta mesma comida leve irá trazer benefícios ao corpo e ao bem-estar, porque além de ser saborosa, é muito saudável e equilibrada. Essa é a descrição mais fiel da rede WRAPS, que oferece pratos preparados com ingredientes cuidadosamente selecionados, nenhum deles contendo frituras ou excesso de gordura. E tudo servido em um ambiente pra lá de aconchegante.



A história

A origem do wrap é a culinária árabe, mas sua popularização deu-se nos Estados Unidos, onde se derivou do tradicional burrito, prato típico mexicano. Mas lá é ofertado em versões muito calóricas e servido em guardanapo, não no prato. Foi então que o empreendedor Marcelo Ferraz, que trabalhava na cidade de Chicago como consultor para redes de restaurantes, resolveu importar essa ideia para o Brasil e adaptá-la para uma versão light e gourmet. A primeira ideia dele foi preparar em casa algumas receitas americanas do wrap, mas em versão com menos gordura. O resultado foi um sanduíche comum, sem apelo suficiente para conquistar o paladar dos consumidores. Foi então que ele percebeu que precisava da ajuda de um chef de cozinha.




Contratou então Carole Crema, que já havia elaborado o cardápio da rede de restaurantes America, era professora e dava consultoria para restaurantes. Com a ajuda dela, ele decidiu investir no que chamou de “wrap gourmet”, sanduíche com ingredientes de qualidade para ser degustado sem pressa no prato, com garfo e faca. No lugar do pão com maionese e salpicão, comum entre os americanos, decidiu utilizar finíssimos pães folha e ingredientes de primeira qualidade, como filé-mignon, peito de frango, shitake, camarão, mix de cogumelos, queijos variados, muitas folhas, vegetais, temperos e molhos. Com isso, os pratos passaram a serem saudáveis, com proteína, carboidrato e gordura combinados de forma balanceada. Porém, antes de inaugurar seu restaurante ele alugou a cozinha de uma escola de culinária e convidou 45 pessoas, entre amigos gourmets e familiares, para três sessões de degustação dos wraps. Assim, chegou aos 15 tipos que foram inicialmente colocados no cardápio.




A primeira unidade do WRAPS abriu suas portas no ano de 2003, localizada no Itaim, bairro da zona sul de São Paulo. O sucesso foi tamanho que, em poucos meses, uma segunda loja seria inaugurada no shopping Villa Lobos, também em São Paulo. Com clima descontraído, inicialmente o restaurante atraía um público mais jovem. Mulheres, principalmente. Nos anos seguintes, o WRAPS encorpou (abriu novas unidades), marcou presença com sua arquitetura inspirada nos lofts nova-iorquinos (toda em preto e vermelho) e ampliou o cardápio com várias opções de saladas, pratos grelhados, sopas (somente no inverno) e os tradicionais smoothies (frutas variadas batidas com iogurte ou sorbet de limão). Em 2005, a rede inventou mais uma novidade: o Wraps Bowl. Inspirados na tendência orientalista da culinária internacional, a rede criou pratos diferentes servidos em modernos bowls: sobre uma base de couscous marroquino ou arroz com granola salgada, são colocadas receitas elaboradas com carne, frango, camarão ou veggie, tudo grelhado com vegetais.




No segundo semestre de 2009, a rede inaugurou sua primeira unidade carioca, iniciando assim, de forma tímida, sua expansão para outro estado. Uma das mais recentes novidades da rede é a inclusão em seu cardápio de 6 receitas de hambúrgueres preparados no bagel (pães macios em formato de anel bastante populares em Nova York, principalmente entre a colônia judaica). A carne usada foi desenvolvida pela Wessel especialmente para o restaurante (mais magra que a tradicional), e vem acompanhada por molhos artesanais, saladinha e porção de batatas bolinha assadas com ervas finas. Outro exemplo de alimentação saudável é seu cardápio infantil, que mostra ser possível agradar ao paladar da garotada sem apelar para as frituras. Acompanha os pedidos uma revista contendo informações sobre alimentação e jogos.



Apesar do sucesso e da consolidação da rede no mercado, no começo desta empreitada, nem tudo foi fácil. Apenas sete dos sabores criados no início do restaurante permanecem no cardápio. Um dos que não agradaram foi o Wrap Thai, que combinava frango com molho de coco adocicado. O mesmo aconteceu com o Wrap de pastrami, um sucesso em Nova York. Outro grande desafio da rede foi implantar no país o conceito do wrap, além do modelo saudável, que nem sempre é sinônimo de comida gostosa.



A evolução visual

A identidade visual da marca passou por pequenas alterações (em relação a coloração) ao longo dos anos.



Dados corporativos

● Origem: Brasil

● Fundação: 2003

● Fundador: Marcelo Ferraz

● Sede mundial: São Paulo, Brasil

● Proprietário da marca: International Meal Company Holdings S.A.

● Capital aberto: Não

● CEO: Francisco Javier Gavilan Martin

● Faturamento: R$ 28 milhões (estimado)

● Lucro: Não divulgado

● Lojas: 8

● Presença global: Não (presente somente no Brasil)

● Funcionários: 210

● Segmento: Restaurantes casuais

● Principais produtos: Wraps, saladas, smoothies e sobremesas

● Concorrentes diretos: Seletti e Salada Creations

● Ícones: Os Wraps

● Slogan: É mais que gostoso, é Wraps.

● Website: www.wraps.com.br

 
A marca no Brasil

Hoje em dia a maior rede de comida saudável do país possui 8 lojas, 7 em São Paulo e 1 no Rio de Janeiro, situadas em shoppings. Em média, cada unidade da rede fatura aproximadamente R$ 2.5 milhões por ano. A rede vende mais de 80.000 wraps por mês.

Você sabia?

O WRAPS tem um tíquete médio de R$ 40 por cliente e investe no conceito de refeição em restaurante, e não refeição rápida em lanchonete.

Entre os 18 tipos de wraps do cardápio da rede, o mais vendido é o Mineirinho: leva cubos de filé-mignon, mussarela light, tomate pelado e folhas de rúcula.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e Época Negócios), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).

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